rodoviária.
essa sensação de andar num meio de transporte que ainda não pertence ao mundo tecnológico. ainda anda no ritmo do século passado. não é elegante eu sei. mas é compatível . diz respeito ao sabor do conhecido, a farofada no fim de semana na praia..um pulinho na cidade ao lado. para encontrar alguém. não é rápido. faz a gente ter mais certeza que tem alguém que viaja ao nosso lado, de tantas horas que se passa com alguém ilustre e tão desconhecido ao lado. claro quando não é um parente, namorado(a), etc.. .
a paisagem corre mais devagar. nunca foi moderno. mas sempre necessário desde que existe. leva e trás com eficiência. ou não?
muitas vezes feias as rodoviárias. servem café com açúcar. aiai.
não tem lugar para sentar. e quando tem, é de pedra fria.
esperar na rodoviária é sempre uma pergunta de disposição ao nada. disposição para a contemplação do mundo no seu lado mais real e mais abstrato.
enfim
normal clientela(?). ou será que alguém já transportou um GOYA no portamalas de um ônibus que saiu da rodoviária?
será? me informem.
carla frida
blog que trabalha com teorias estéticas, filosofia e filosofia da arte. procura abordar signos do nosso dia a dia e como a arte é inserida no popular.