segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ART, AN ENEMY OF THE PEOPLE

O livro do inglês Roger L. Taylor, lançado inicialmente em 1978, quer defender a seguinte tese: a arte, tal como a
concebemos hoje (as mais sublimes e "superiores" criações do intelecto humano), nada mais é que um conceito da
modernidade, burguês, que contribui para manter o satus quo social. Portanto, o conceito de arte vai contra o interesse
do povão.
É uma tese ousada, é verdade. Taylor, que é professor na Universidade de Sussex, planejou escrever um livro para a
compreensão das "massas", com o objetivo de esclarecê-las de que a arte é uma inimiga sua, e contra a qual deveriam
armar-se com o conhecimento da farsa que representa.
É duvidoso que as massas inglesas tenham tido preparo suficiente para acompanhar o raciocínio do autor. Para começar,
Taylor abre mão dos lugares comuns sobre arte, como já é de se esperar, e usa essencialmente o método
investigativo de Wittgenstein, filósofo do século passado que defendia a análise meticulosa dos contextos que envolvem
conceitos, para uma compreensão mais completa destes. Desprezava, pois, a entronização da idéia-fachada de algo.
A visão da arte como uma coisa universal e superior, por exemplo, é para Taylor uma infantilidade. Proposital. Uma
visão armada pelas elites burguesas para submeter todos a seu estilo de vida. O mais interessante dos quatro capítulos
do livro é o segundo, um estudo da evolução do conceito de arte.

...fonte internet