terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O mundo é um grande Fetiche: IT'S TIME TO STOP

foto carla meurer magalhães


(fonte do texto: Internet)

Karl Marx desenvolveu uma teoria econômica e política para o fetiche, central em sua obra, que é aplicada, por exemplo, à crítica dos meios de comunicação de massa, da mercadoria e do capital. Para a escola marxista, o fetiche é um elemento fundamental da manutenção do modo de produção capitalista. Consiste numa ilusão que naturaliza um ambiente social específico, revelando sua aparência de igualdade e ocultando sua essência de desigualdade.

O fetiche da mercadoria, postulado por Marx, opõe-se à idéia de "valor de uso", uma vez que este refere-se estritamente à utilidade do produto. O fetiche relaciona-se à fantasia (simbolismo) que paira sobre o objeto, projetando nele uma relação social definida, estabelecida entre os homens.

Bruno Latour, sociólogo da ciência contemporânea, relativiza a noção de fetiche ao constatar que toda descoberta científica é também uma invenção, e vice-versa [1]. Desse modo, os fatos são também ficções, e as ficções são também fatos. O simbolismo seria constituinte da própria realidade. A artificialidade seria uma condição positiva dos fatos.

Referências

  1. Post Modern Magazine

LATOUR, Bruno. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. São Paulo: EDUSC, 2002.